Entre os dias 15 e 17 de novembro, 28 membras da Rede Brasileira de Teólogas estiveram reunidas no II Encontro Presencial da RBT, que aconteceu em São Paulo, na Hospedagem Sagrada Família. Depois de praticamente um ano de caminhada desde nossa primeira reunião presencial, realizada no Rio de Janeiro, este novo encontro se tornou uma oportunidade para avaliar o percurso feito, acolher novas integrantes, pontuar falhas no processo, traçar novos rumos e metas…

Foram dias de muito diálogo em grupos pequenos e em plenárias, e também nos intervalos das sessões propostas. As participantes puderam se conhecer melhor, expressar suas inquietações, sonhos e expectativas para a Rede Brasileira de Teólogas. A partir desses espaços fecundos de conversa, a identidade e a missão da RBT foram reformuladas e as comissões de trabalho, reestruturadas.

 

Decidimos também implementar um novo modo de organização. A partir de agora, estaremos distribuídas em “comunidades temáticas”. Elas serão espaço propício para continuarmos construindo juntas a Rede que queremos ser. Reunidas em grupos menores e segundo nossos principais interesses e campos de atuação, poderemos nos conhecer melhor e potencializar nossas produções teológicas e nossa ação pastoral. Foram propostas as seguintes comunidades, que se reunirão periodicamente por meios virtuais:

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Nosso encontro presencial foi também enriquecido por duas conferências muito significativas. No sábado pela manhã, Ivone Gebara nos instigou a refletir sobre as implicações da misoginia do nosso tempo e do quanto a reproduzimos nas nossas ideias, cultura, falas ou ações. Demonstrou o quanto fomos e somos plasmadas pelo cristianismo androcêntrico, em que o poder masculino se impõe como universal nas relações de toda sociedade. Gebara trouxe ainda diversas reflexões sobre como pensar a rede em uma dinâmica servidora, acolhedora e comprometida com a realidade.

 

No domingo, encerrando nossas atividades, Karen Colares apresentou a conferência “Esperanças, utopias e interseccionalidade em rede”, trabalhando, principalmente, a partir do texto bíblico de Gn 38 como eixo de esperança para as mulheres no enfrentamento de estruturas que nos tratam de modo injusto e limitante. As presentes manifestaram alegria e renovação, diante da esperança utópica que Karen propôs, levantaram questões, as quais foram respondidas.

Houve um sentimento de dever cumprido e de uma longa jornada a ser trilhada para dar continuidade ao que desejamos ser e viver como Rede Brasileira de Teólogas.